segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Owner of a lonely heart...



     Gostar da mesma pessoa por  muito tempo as vezes é bom mas a vezes se torna cansativo. Bater muitas vezes na mesma tecla pode ser chato, mas as vezes é necessário pra você conseguir enxergar algumas coisas. Eu sempre fui daquelas que fala eu te amo primeiro, que se entrega e muitas vezes quebrei a cara por causa disso. Quase sempre pra ser mais exata. Sempre confiei nas pessoas de olhos fechados, até mesmo em quem eu conhecia a pouco tempo, e na maioria das vezes eu também quebrei a cara. As vezes eu penso, as vezes eu tenho certeza de que eu sou muito idiota por não mudar esse meu jeito mas é uma escolha que eu fiz pra mim. Escolhas. A vida é cheia delas e cada uma que você faz pode te levar para um lugar diferente. Você pode escolher ficar com aquele menino, você pode escolher ir naquela festa, você pode escolher comprar aquela roupa e cada uma dessas escolhas terá uma consequência. E eu tive que fazer muitas escolhas, algumas para o meu bem e outras para o bem dos outros. 
     Uma das escolhas foi abrir mão de uma amizade. Isso não quer dizer que eu desisti de ser amiga, e sim que eu desisti de ficar sempre cobrando, ficar sempre tentando mostrar o que está errado sendo cobrada sempre, e sendo julgada sempre. Pimenta no olho dos outros é refresco. Se fazer de coitadinha sempre, se culpar sempre e ignorar o que é falado é burrice. Se algum amigo te fala alguma coisa, pelo menos escute o que ele está falando porque na maioria das vezes ele quer seu bem e fala isso com amor. E depois de muito tempo só tomando patada, depois de muito tempo sentindo o quanto eu estava incomodando eu escolhi me afastar. A partir do momento que a pessoa não quer mudar é porque ela acha que não está errado, e se eu sou a errada da história, porque continuar nisso? Só vou me desgastar, ficar chateada e ficar sempre na mesma conversa. 
     Minha outra escolha foi desistir de correr atrás dele. A partir do momento que fica claro pra você a vontade do outro fica muito mais fácil tomar uma decisão. Quando você percebe que já faz tempo que o menino não quer nada com você, existem duas coisas a se fazer : esquecer ou insistir. E eu venho insistido a quase 5 meses. Onde isso me levou? A lugar nenhum. Fiquei com ódio, fiquei triste, fiquei cada dia mais apaixonada e  sendo movida apenas pela esperança de que um dia as coisas poderiam ser diferentes. Mas não foram e não vão ser. Quando você chega no ponto que eu estou as escolhas continuam as mesmas, e dessa vez eu decidi esquecer. No filme que eu vi "Ele não está tão afim de você " mostra muito o que eu estou passando . A mulher corre atrás de todos os caras que ela fica, mas no meu caso é um só. Algumas vezes isso dá certo, mas é exceção, e eu não sou uma exceção, eu sou a regra. E a regra é que se algum cara quer alguma coisa ele corre atrás. O que não está sendo o meu caso. Então porque continuar nisso? Porque ficar pior a cada dia, tendo ideias de jogar tudo pro alto e simplesmente pular de um precipício? Eu tenho a opção e eu fiz a escolha. 
     Não são escolhas fáceis. Abrir mão de uma amizade, abrir mão de um garoto, mas é melhor estar com o coração em paz, do que constantemente em guerra. É melhor fazer escolhas antes que seja tarde demais e você entre em um caminho sem volta, e em um ciclo vicioso. E assim ficarei, dona de um coração solitário. 

( Spicy )

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cry baby cry



E lá estava eu novamente dentro do ônibus, pensando. Aquela cena se repete várias vezes. Parece que eu tenho uma tendência a pensar na vida enquanto espero sozinha meu ponto. Olhei para o lado de fora da janela e vi crianças brincando na rua. Inocentes, ainda não tinham malícia. Como eu gostaria de voltar a essa época, quando eu ainda conseguia olhar os outros nos olhos.

Passei a tentar fugir do problema, evitava encará-lo de frente, como sempre costumava fazer. Só depois descobri por quê os problemas me perseguem: EU era o problema. Você pára de procurar monstros debaixo da cama, quando descobre que eles estão dentro de você. Minha vontade era de me fechar numa bolha, não para me proteger, mas para não machucar ainda mais os outros. E machucar os outros é pior do que ser machucado.

Eu era um monstro.

No fundo eu queria sumir. Mas como suicídio é pecado, eu passei a guardar tudo pra mim. Minhas dores, minhas lágrimas, meus problemas. Assim eu pelo menos tinha a impressão de estar me tornando invisível aos poucos. Pensava estar me matando lentamente de uma maneira mais sutil.

Não chamo isso de drama. Drama é se fazer de pobre-coitado para conseguir atenção. Chamo isso de intensidade: sentir tudo de um jeito mais forte, e guardar tudo para si mesmo. As vezes parece que eu gosto de ficar me remoendo. Curtindo minha dor. Autopiedade é a reação de orgulho ao sofrimento.

Percebi que eu sou orgulhosa. Sou tão orgulhosa a ponto de não admitir que sou orgulhosa.

Nesse ano eu chorei exatamente duas vezes. Foi acumulando, acumulando, acumulando; e eu me segurando, fingindo ser forte. Só o meu travesseiro sentiu o peso das minhas lágrimas o encharcando. Comigo é assim: só choro quando transborda. Choro tudo de uma vez, compulsivamente. E então me preparo para mais um período de seca. Costumo guardar as lágrimas para depois. Mas o depois nunca chega.

Dói.

Dói pensar que as pessoas consideram o seu problema "bobagem". Dói saber que você não faz nada certo. Dói perceber o quanto você é idiota, ridículo, falso, egoísta, mau-caráter, mentiroso, interesseiro, medíocre e hipócrita.

Talvez seja por isso que eu tenha me tornado tão dependente dos meus irmãos. Eles têm maturidade o suficiente para me aceitar sendo assim tão falha. Eles vivem a mesma pressão que eu, entendem o que é ser cobrado por ser exemplo.

Não sou digna de ser um exemplo. Nem tenho condições pra isso. Eu tento ser um exemplo. Tento ao máximo buscar a santidade, e até mesmo a perfeição. Mas o máximo que eu consigo é ser um lixo.

Desisto de mim mesma. Eu não tenho mais solução. Se eu pudesse eu me devolveria para a fábrica dizendo: tome. Veio com defeito. Não quero trocar, só quero meu dinheiro de volta.

(Pepper)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Finally see the light shine...


( Música para escutar enquanto lê..)

    Sempre que eu compro revista a primeira coisa que eu olho é meu signo. Pode parecer idiotice ver essas coisas, mas sei lá, quem sabe é verdade o que eles falam? E dessa vez meu signo estava certo. Ele falava que eu poderia me envolver com alguém bem próximo. Me envolver acho que não seria a expressão certa. Me apaixonar também não. Mas me aproximar e me alegrar com a situação, isso eu posso falar com toda certeza. Quando começamos a conversar nem era tão intima a nossa relação. Pra falar verdade não era nem um pouco intima porque a gente conversava apenas por msn e nada mais.
    As coisas foram mudando. Mensagens, horas conversando, telefonemas, elogios, assuntos mais divertidos, e uma intimidade que cresceu. Uma amizade que cresceu e com ela um carinho que não consigo explicar. Uma dependência de querer sempre estar com ele, conversando, rindo e parando de fazer tudo que eu tava fazendo pra responder as mensagens e me sentir amada. E o carinho que eu recebo com essa amizade é aquela junção de tudo que eu sentia falta. Ele realmente sabia como me deixar feliz.
      Mas e o medo de me apaixonar de novo? O medo de sofrer por causa disso, de viajar demais na nossa amizade e acabar enxergando coisas demais. Quem sabe ele não é tão fofo assim com todas as amigas dele? Pelo que eu conheço ele, ele é carinhoso, talvez seja da natureza dele. Mas e se ele for mais carinhoso comigo, do que o normal? Eu não sei mais o que pensar em relação a ele, e por mais que a gente converse sobre namoros e relacionamentos, minha visão não consegue mudar. E eu sei que se eu me iludir com isso eu vou acabar mal. Eu sou burra, idiota, retardada ou algo assim? Pelo que mostram meus testes, não sou.
     Mas quando eu estou conversando com ele, eu consigo enxergar as coisas de uma maneira totalmente diferente e melhor. Ele consegue tirar o meu melhor. Consegue me fazer perceber que existem pessoas que me amam da maneira que eu sou sem tirar nada e nem colocar. E que ele é uma dessas pessoas. E eu vejo, que ele é a luz que ilumina minha vida agora. Ele é a luz que fez tudo ficar mais claro.
      "Tudo é novo pois agora eu vejo, é você a luz..."

(Spicy)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Maybe two is better than one...


    Acordo, olho para a tela do meu celular e lá está ele, sorrindo pra mim. Sorrindo do seu jeito. Da maneira dele de não gostar de tirar foto. Mas está lá, ao meu lado, junto a mim. Levanto desejando parar de viver esse conto de fadas mais parecido com um pesadelo. A vontade de ter, a consciência que não vou ter mas a esperança, aquela faísca que insiste em continuar junto comigo por mais que eu não deseje isso mais pra mim.  Com o correr do dia são tantas coisas pra fazer que eu acabo me esquecendo um pouco da situação, mas é só parar um pouco pra lembrar de tudo e ficar triste. Entro no computador, vejo fotos, vejo a carta que foi escrita. Vejo emails, vejo depoimentos escritos e não mandados, vejo conversas no msn. E a saudade vem mais forte. 
    Saudade de uma coisa que não vai voltar. Solidão que só será preenchida por um outro amor ou nem por isso. O amor que é tão certo como que o sol vai nascer e se pôr a cada dia que se passa. A carência a cada dia que passa e você olha para os lados e vê que são poucas as pessoas que estão por você. Ou talvez nenhuma. Recorre a Deus, pois ele estará sempre ao seu lado mas percebe que com a sua tristeza você não consegue nem buscar a Deus. Fica decepcionada. Pensa em desistir da vida. Percebe que nem pra isso você é capaz. Se acha a pior pessoa do mundo por mais que as pessoas falem que você não é. Elas tentam tirar a tristeza do seu coração mas ninguém será capaz de fazer isso. Só ele. Promete a você a cada dia que passa que você não vai fazer nada em relação a isso, que não vai mais pensar nele, que não vai mais escrever cartas nem que seja só para você, que não vai mais escutar as músicas que te lembram ele. Mas mais um dia se passa e as suas promessas ficam para o dia anterior. 
    Você se sente sozinha, ninguém te entende, e a vontade de falar com alguém sobre qualquer coisa diminui. Você deixa de sair com as pessoas porque prefere ficar em casa sozinha. Você deixa de render conversa com suas amigas no telefone porque não quer mais ter que falar suas coisas com ninguém porque a unica pessoa que você queria conversar era ele, e ninguém mais. A solidão fica cada vez mais forte e você finge não se importar mas percebe que as pessoas também já não se importam com você. 
    Suas amigas param de te ligar e você já cansa de correr atrás das pessoas. Não quer incomodar com nada que está acontecendo e também não quer mais desabafar com ninguém. E a unica saída que você encontra é falar com você mesma, criar amigos imaginários e desabafar com eles. Só que todos eles tem o rosto e a personalidade dele. O que torna as coisas cada vez mais difíceis. E chega na hora de admitir. Você já não consegue mais viver sem ele, você não consegue superar o término de tudo. E percebe que talvez viver em dois é melhor que viver sozinho...


( Spicy )

domingo, 16 de janeiro de 2011

Let them come in



Mais um ano começava, tudo estava indo bem - na verdade não estava, mas eu gostava de fingir que sim. Eu olhava para a minha vida e não tinha muito do que reclamar. Tudo estava alinhado e em completa harmonia, como havia sonhado há tempos. Mas ainda assim eu sabia que havia um vão em algum lugar de mim.

Depois de tantos problemas e decepções eu estava destruída por dentro. Meu coração batia meio inseguro, com medo de se machucar novamente. Ele não estava pronto para mais um baque. Talvez nunca estaria. Por isso eu havia decidido não me apaixonar por mais ninguém - como sempre prometia a mim mesma, mas nunca conseguia cumprir.

Eu sabia que falharia mais uma vez nessa promessa. Eu sentia falta das borboletas.

Sentia falta daqueles calafrios, de quando perdemos o foco e começamos a sonhar durante as aulas de geografia. Eu era fraca, sempre cedia. Talvez realmente não houvesse mais esperanças, mas eu não conseguia deixar de sentir meus joelhos falharem toda vez que ele passava. Eu ainda perdia o fôlego toda vez que ele me abraçava. Ainda me intoxicava com o veneno do seu perfume.

Idiota. Idiota. Idiota.

E, pra piorar, ainda veio aquela viagem. Passei uma semana inteira ao lado dele, dividindo os mesmos ambientes, compartilhando o mesmo oxigênio. Eu acordava de manhã e assim que saía do quarto dava de cara com ele, de samba-canção, com seu sorriso caloroso. O dia parecia ganhar uma nova tonalidade de cores, eu me sentia mais viva. Depois passávamos o dia inteiro juntos, nadando na represa, jogando futebol, tocando violão ou simplesmente curtindo a natureza em silêncio. Ou melhor, ele curtindo a natureza e eu curtindo a presença dele.

Mas eu sabia que precisava esquecê-lo.

Como costumam dizer, a única maneira de esquecer um amor é substituindo-o por outro. E eu tenho aprendido isso da pior forma.

Bastou um olhar, um toque e um sorriso, e meu coração arriscou uma batida torta. Senti aquele velho bater de asas no meu estômago. Mau sinal - eu estava amando novamente.

Aquilo era tão errado! Por quê meu coração insistia em bater pelas pessoas erradas? Será que ele não podia ficar quieto pelo menos até as coisas se acalmarem? Acho que não, ele era teimoso igual a dona. Eu olhava para o primeiro e só conseguia sentir mágoa pelo que não aconteceu. Eu me sentia fria e sem vida, como se meu sangue inteiro congelasse. Então eu olhava para o outro e desenterrava sentimentos escondidos há tanto tempo: a esperança de algo que um dia poderia acontecer. E essa chama derretia a camada de gelo que havia envolvido meu coração.

Era tarde demais para voltar atrás? Será que eu deveria seguir em frente com essa idéia maluca? Acho que tudo vale a pena quando os olhos brilham. Melhor conviver com uma liçãozinha de vida do que carregar o peso por ter hesitado agora.

Por quê não abrir essa janela suja e deixar que as borboletas venham até você? Abra os braços, pois só você pode deixá-las entrar.

(Pepper)

sábado, 15 de janeiro de 2011

But he's still in my thoughts...


   Já falhei em todas as minhas promessas de 2011. Uma delas é que eu não ia sofrer mais por garoto nenhum, porque como diz o clichê : Aquelas pessoas que merecem as suas lágrimas são aquelas que nunca te fariam chorar. Minhas amigas falam que eu gosto de sofrer. Algumas falam que essa fase vai passar, outras falam que depende apenas de mim, outras que eu sou uma idiota. Várias opiniões pra uma situação que muitas pessoas não sabem como está sendo pra mim. 
   Quando começamos a namorar eu estava triste com um menino, mas ao mesmo tempo estava feliz por estar com ele. Ele era a pessoa mais fofa do mundo, a pessoa mais carinhosa do mundo, a pessoa mais atenciosa do mundo, e a pessoa que era meu mundo. Ele foi meu mundo por muito tempo. Fazia tudo por ele. Abria mão das minhas coisas e até mesmo dos meus gostos. Parei de ouvir minhas músicas e passei a ouvir os rocks dele. Até entrar em aula de guitarra eu entrei pra deixar ele feliz. Fui contra os meus gostos pelo fato dele ser mais novo, de ser diferente do tipo de menino que eu costumava namorar. 
   E quando a gente terminou pela ultima vez, depois de tudo que aconteceu eu fiquei péssima. Também que tipo de menina ficaria bem depois de escutar as coisas que escutei né? Mas superei isso, ou pelo menos eu achava que tinha superado. Depois de muita coisa que aconteceu, virada de ano e tudo mais isso pareceu voltar como uma bola de neve que parecia falar comigo "Trouxa, você acha que eu vou deixar você me esquecer? Não vou deixar. Você pode achar que vai conseguir me destruir, mas não vai conseguir". E realmente eu passei a acreditar nisso. Passei a acreditar que eu não ia conseguir. 
    Muita coisa passou pela minha cabeça. A vontade de desistir era cada vez maior. A vontade de jogar tudo pro alto, minha vida , minhas coisas, tudo por causa disso também só aumentava. E era muita pressão. Comecei a namorar e as coisas pioraram mais ainda. Achei que ia ser melhor mais acabou sendo muito pior. Passei a me sentir mal porque gostava dele e estava com outro. E saber que ele perguntava por mim era pior ainda. E a ideia de que eu gostava de sofrer vinha cada vez mais fluente nos meus pensamentos. Passei a conversar menos com as pessoas sobre isso. Passar a guardar a dor mais pra mim, e tentar esquecer. Esconder presentes, deletar mensagens, emails e depoimentos. Mas não tive forças suficientes para fazer isso. E o que é pior é passar imagem de forte, e parece que com isso as pessoas pisam mais ainda em cima de você. Quando me perguntavam se eu estava bem, sempre falava que sim, porque afinal, ficar dando uma de coitadinha, pedindo ajuda e falando o que tava acontecendo comigo é chato pra algumas pessoas e eu não queria incomodar. 
    Parece que isso piorou minha situação. Ele continuava ali, todos os dias e eu passei a me odiar cada dia mais. E eu sinceramente não consigo parar de ama-lo e tirar ele dos meus pensamentos. 

(Spicy)

domingo, 9 de janeiro de 2011

I'm living my fairytale...



     É incrível como quando a gente menos espera as coisas boas acontecem. E como diz a música Firework "After hurricane comes the rainbow"...Tinha acabado de fazer uma coisa muito ruim e que podia me prejudicar muito futuramente e a primeira reação que eu tive foi ligar pra ele. Ele queria vir aqui ficar comigo de qualquer jeito até tudo se ajeitar, só que eu não queria falar com ninguém e muito menos ver alguém, mas ele simplesmente me ignorou e veio aqui em casa. Bateu interfone e eu desci mega nervosa por ele estar aqui, mas no fundo feliz por saber que nossos 4 anos de amizade serviam pelo menos pra ele pegar o carro dele e vir aqui me ver e se preocupar comigo. Acho que acabei ficando mais nervosa pelo fato de ter que trocar de roupa para descer, já que tava de pijama mesmo sendo quase cinco horas da tarde. 
      Era incrível como apenas ver ele me fazia sentir mais segura. Nesses anos de amizade eu nunca tinha visto ele como nada além de amigo. Ele é mais velho, pensava coisas diferentes e sei lá, conheci ele em um momento bem diferente da minha vida e com isso criamos uma cumplicidade diferente. Por minha parte. 
      Sentamos na escada e começamos a conversar, chorei demais até o momento que eu deitei a cabeça no ombro dele. 
      - As vezes tudo parece tão impossível, mas ainda bem que eu tenho pessoas como você do meu lado. 
      - O amor move montanhas Paty. E o meu amor por você é maior do que você imagina. - disse ele. 
    Fiquei pensando nisso que ele falou. Todo mundo fala que o amor das pessoas move montanhas, mas meu pai sempre diz que o que move montanha é dinamite. E como assim o amor dele por mim era maior que eu imaginava. Pedi pra ele explicar aquilo que não entrava na minha cabeça. 
     - Não sei se você é muito lerda ou se eu não dou na cara. Faz 2 anos que eu sou apaixonado por você e você nunca falou nada a respeito desse meu sentimento. Quando você começava a namorar, falava dos problemas nos seus namorados, ou até mesmo sofria por causa de algum menino eu prometia a mim mesmo que se um dia a gente ficasse junto eu não faria isso com você, e por dentro isso me matava. Ver você nos braços de outro homem acabava comigo. 
      Imaginem vocês na minha situação. Eu chorando por coisas que tinham acontecido, pensando ainda no meu ex que ainda é muito presente nos meus pensamentos e ele se declara assim de uma hora pra outra. Eu já não sabia mais o que pensar, como pensar e porque pensar. Mas minha primeira reação foi tirar minha cabeça de seu ombro e olhar para ele. Seus rosto estava perfeitamente parado me olhando. Seus olhos pareciam examinar o mais fundo que podiam de mim. Mas eu não tinha reações, não sabia o que falar com ele. Foi quando ele me deu um beijo. Meu mundo parou naqueles segundos e eu sentia que era certo ao mesmo tempo que era errado. Ele me amava a 2 anos, e eu ainda era apaixonada por outro mesmo que fosse errado. Mas eu a unica coisa que eu pensava era que eu merecia ser feliz, nem que fosse apenas aquele momento. 
       Depois do beijo ele me olhou e deu o maior sorriso que eu já tinha visto. Era extraordinário que ele conseguisse pertubar assim o canto dos meus lábios. Eu tinha que tomar uma atitude por mais difícil que fosse. Tinha que dar um fim naquilo porque eu não podia brincar com os sentimentos de ninguém daquela maneira.
      - Eu não posso fazer isso. Não é certo com você. Eu estou carente, eu estou triste, e eu não te amo da maneira que você me ama...- Não consegui terminar de falar porque o dedo dele já estava na minha boca. 
      - Se eu não soubesse disso tudo, eu não te daria esse beijo. Eu te amo e não espero que você me ame de volta por enquanto. Eu só quero você comigo. Como minha namorada. Quer namorar comigo? 
      Em situações como essa, o que vocês fariam eu não sei, só sei que eu comecei a chorar. Não sei porque mas uma emoção enorme veio dentro de mim e eu não conseguia parar de chorar. Era alegria misturada com angústia e uma sensação de se deixar levar por impulso. E eu sem pensar em nada, aceitei. 
      Eu merecia viver uma coisa intensa, merecia uma felicidade grande, merecia um grande amor, merecia acima de tudo ser amada. E com o passar dos dias eu consigo lembrar que namorar um amigo que te conhece a mais tempo é a melhor coisa do mundo pois ele sabe como você vai reagir a tudo e sabe todas as suas manias e acima de tudo te ama sem mentiras e exatamente como você é. Um amor de conto de fadas.

( Spicy)

sábado, 8 de janeiro de 2011

Can you imagine, what would happen if we could have any dream?

( Queria uma música menos clichê, mas não há melhor música que essa, pro momento )


   Eu consigo imaginar que eu conseguiria ser muito mais feliz se tivesse tudo que sonho, só que o problema é que as coisas não passam nem perto disso. Para esse ano eu queria tranquilidade, amor e amizades verdadeiras. E quem dera se tivesse começado assim. Muito pelo contrário. Começou bem ao contrário do que eu queria.. Quando a gente pensa que as pessoas gostam da gente pelo que a gente é, pelas coisas que a gente faz, e por tudo que acontece, as vezes nos enganamos. As amizades que parecem as mais sinceras são as vezes as mais falsas. Minha mãe sempre me disse uma coisa que eu nunca dei valor mas comecei a pensar esses dias : "As pessoas que mais tem a cara de santinhas, as pessoas que mais tentam mostrar que são super fofinhas com tudo e com todos, são as que vão puxar mais o seu tapete quando você menos esperar". E mais uma vez minha mãe estava certa. As pessoas realmente nos decepcionam e as vezes as que a gente menos espera é a que mais te machuca.. 
    Ano passado minha relação com ela era ótima, mas nunca foi perfeita depois de um certo tempo. Brigas eram mais frequentes do que tudo. Mas nada que conseguisse abalar o meu carinho e o meu amor. Mas como nada é perfeito nessa vida eu descobri que ela falava mal de mim. Descobri uma conversa que ela teve, onde acabou comigo. Palavras que ficam ecooando na minha cabeça toda vez que eu não penso em nada. Deito na cama e fico pensando o que eu fiz pra ela me tratar daquela maneira. Foram palavras e gestos de amor que faltaram? Não. Foram conselhos que eu tentava dar quando me era solicitado? Não. Foram atitudes contra que eu cometi? Jamais. Então o que foi? Essa é uma pergunta que eu jamais saberei responder. O que foi. 
   Hoje sei que para ela eu não tenho moral para dar conselhos de amor, eu sou uma sanguessuga, que eu sou digna de dó por parte dela, e que se ela pudesse sair dessa nossa amizade a mais tempo, teria saído. Pois bem.. As coisas ficaram mais fáceis agora né? Quando eu descobri tudo ela não precisa mais se dar ao trabalho de ter que se afastar de mim por alguma desculpa qualquer. Eu já sei de tudo. Ou será que tem mais alguma queixa? Outra pergunta que eu por enquanto não sei responder. 
    Mas o que mais me deixa triste nessa situação toda é que eu posso ter sido enganada mais tempo que eu imagino. Todas as coisas que eu contei pra ela, será que vão ser reveladas agora? Todos os segredos, tudo que eu já fiz e falei. Não sei, mas de uma coisa eu tenho certeza, nada que ela me contou e falou vai ser revelado a ninguém. Porque uma coisa importante quando existe uma amizade é a confiança e por mais que eu não confie nela, eu confiei um dia, e se ela um dia foi digna de toda essa confiança e amizade ela não ira fazer nada. Se fizer, paciência. 
     Paciência é uma coisa que eu estou sendo muito testada para ter. Tantas coisas acontecendo tanto boas tanto ruins, e eu ainda tenho que ficar me preocupando com tantos detalhes. Mas eu percebo que se eu não tivesse paciência eu já teria resolvido de outras maneiras isso tudo. Ontem conversando com um amigo meu eu percebi que eu estou fazendo do melhor jeito possível. Conversando com pessoas que já me machucaram um dia, pedindo perdão por algo que eu fiz e seguindo em frente sem ter mágoas no coração. Por mais que essas pessoas não me perdoem, por mais que as coisas não voltem a ser como eram antes, a minha parte eu fiz. 
    Percebo que eu venho tentado fazer as coisas muito do jeito que os outros falam pra eu fazer, me apegado muito nos conselhos que eu peço. Mas o que eu percebi acima de tudo é que eu estou pedindo conselho para as pessoas erradas, nos momentos errados e nem tudo que é falado tem que ser levado a sério. "Se conselhos fosse bom a gente não dava, vendia." Então eu só digo uma coisa caros leitores, façam o que vocês querem. Não se deixem levar pela opinião dos outros. Se você quiser ligar, ligue. Se você quiser falar, fale. Se você quiser amar, ame. A vida é sua e merece ser vivida por você, da maneira que você quer. As consequências dos seus atos viram, então não saia por ai matando as pessoas achando que não vai ser preso não tá? haha... 


 ( Spicy) 






Obs: As postagens aqui no blog vão mudar um pouquinho uma vez que foi a querida Pepper a razão desse post de hoje..Espero que vocês entendam que só eu vou postar até achar outra pessoa para postar comigo. =)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Another chapter in the book...



   Primeiro post do ano de 2011. Já estava até com saudade de escrever. Tanta coisa pra falar, tanta coisa pra fazer as pessoas verem e depois desses posts da Pepper eu vi que o que eu tinha pra escrever ia ser uma coisa que ia mexer com ela também. 
    Pra quem vem me acompanhando pelo blog ou pela vida pessoal mesmo, sabe que as coisas esse ano de 2010 não foram fáceis pra mim. Tive momentos de desistência de tudo, tive momentos de euforia, tive momentos muito difíceis na vida amorosa, nas amizades e na família. E pessoas me perguntaram o que eu fazia para falar que 2011 ia ser um ano melhor. E a resposta dessa pergunta é uma simples palavra : Acreditar. 
    Se você não acredita que todos os seus sonhos podem se realizar por que eles do nada dariam certo? Se você não acredita que sua vida pode melhorar por que ela melhoraria? Se você não acredita que você pode ser feliz independente daquele garoto gostar de você ou não com que razão as coisas começariam a dar certo na sua vida amorosa? A partir do momento que você deixa de acreditar que as coisas podem dar certo e melhorar, você para de fazer coisas que poderiam te ajudar para aquilo se tornar uma realidade. 
    Se você acredita você correr atrás, tem fé de que Deus está no comando das coisas e que se aquilo for mesmo seu vai se realizar. Esperar, lutar e acreditar. Essas são as palavras para 2011. E eu posso falar que as coisas já começaram a se arranjar para mim. Para você conseguir arrumar as suas coisas ai vai uma dica: Descubra o que está causando tudo o que você está sentindo e quando isso acontecer, a solução é não criar mais problemas em cima disso e sim resolve-los e colocar um ponto final em tudo por mais que seja difícil. A tristeza será momentânea mas a felicidade será eterna. 
    Isso eu posso garantir... Então o que você acha de começar a conversar com quem tem que conversar, mudar suas atitudes e fazer as coisas para colocar um ponto final em tudo e começar o ano de bem com tudo e com você mesmo? 

  (Spicy)