domingo, 25 de setembro de 2011

Maybe...

    Preciso desabafar um pouco, e isso me leva a escrever no blog após um longo tempo sem passar por aqui.
    Eu sempre soube que eu espero muito das pessoas e sempre soube que isso iria me magoar cada vez mais. E não estava errada. Marquei meu aniversário para um final de semana antes do dia real como eu faço todos os anos. Convidei apenas aqueles que eu considerava mesmo meus amigos mais próximos porque seria apenas uma comemoração simples. Quando entreguei os convites todos falaram que iam obviamente. Depois de um tempo foram aparecendo aqueles compromissos inadiáveis. No dia alguns falaram que iam com certeza e outros já haviam mesmo falado que não compareceriam. Das 25 pessoas foram 5. E alguns que falaram que iam ficaram te passando mensagens falando que estavam indo durante duas horas. E você mais uma vez fez papel de trouxa.
    Eu faço de tudo pelos meus amigos e vou continuar fazendo isso, por mais que as pessoas não façam o mesmo por mim. Se eu tiver que deixar qualquer compromisso meu de lado para ver um sorriso mesmo que pequeno no rosto de algum amigo meu, eu  abro mão. Mas as pessoas não são assim.
    Cada dia mais estamos entrando de cabeça em um mundo individualista, no qual as pessoas pensam só em seus próprios interesses e não estão nem ai para os outros. Amizades por conveniência. "Enquanto você está me fazendo bem e me dando o que eu preciso, eu sou seu amigo. Depois que isso parar de acontecer, tchau". É assim que está sendo. Temos que parar de pensar um pouco em nós mesmos e pensar um pouco nos outros...
    E foi ai que eu percebi, que daqueles 25 que eu chamei, apenas esses 5 eu posso chamar de amigos mesmo, pois eles se importaram, naquelas 2 horas juntos, um pouco comigo. Talvez eu tenha chamado as pessoas erradas. Talvez eu tenha achado coisas erradas. Talvez eu confie muito nas pessoas..

É, acho que eu vou ficar no meu talvez..

domingo, 17 de julho de 2011

   

      As famosas férias de julho. Quando você está cansado de ter aulas mas sabe que terá mais daqui a menos de um mês. Quando você não sabe muito bem o que fazer mas fica louco para fazer alguma coisa. Contraditórias. Muitas vezes, entediantes. Alguns pais não podem sair de férias na hora que os filhos recebem as gloriosas do colégio. E o que fazer quando se tem que ficar em casa, na sua cidade, cuidando de irmão ao mesmo tempo que você olha em suas redes sociais e seus amigos postam fotos de viagens maravilhosas que eles estão fazendo.
    Bate uma inveja e as vezes passa. As vezes não. E a raiva de tudo e todos aumenta cada vez mais. Você acaba perdendo a paciência com pequenas coisas do dia a dia e as férias que na teoria era algo para relaxar, se torna uma coisa cansativa.
     Bom, minhas férias estão sendo um pouco assim. Meus pais ainda não tiraram férias, nossa viagem foi cancelada, meu namorado viajou, amigos no Canadá, em Porto Seguro e demais lugares, e eu aqui. Sem ninguém, cansada das pessoas da minha casa, e sem paciência com tudo.
      Depois percebi que tenho que parar de reclamar e perceber o que eu posso fazer para tornar mais agradável essa estadia em minha bela e confortável casa. E vou dar algumas dicas para você, leitor, do que fazer em suas férias de julho se você está na mesma situação em que eu me encontro.

1- Arrume o seu quarto: Tire tudo das gavetas, jogue folhas fora, organize aquelas de colégio para começar bem um segundo semestre. Tire as roupas do armário, aproveite para doar algumas roupas que você não usa mais ou que não cabem mais em você. Troque os móveis de lugar porque é sempre bom fazer uma mudança de fluidos e energias, e também uma mudança sempre é bom.

2- Vá ao cinema: Eu sei que em época de férias os cinemas sempre são mais cheios, mas sempre existe aquele lugar vazio em algum horário. Não desanime e deixe a preguiça de lado. Ir ao cinema sozinho não é tão ruim quanto parece. Aproveite para se divertir e passar um tempo com você mesmo. Quem sabe você não passa a se conhecer um pouco mais. Além das diversas opções de filmes.

3- Leia um livro: Tudo bem. Nem todo mundo gosta de ler. Mas um pouco de cultura é sempre bom, nem que seja a inútil. Escolha um livro qualquer na prateleira da sua casa, e pronto. Comece a ler. Leia uma página por dia, e com o tempo você vai perceber que está lendo mais que dois capítulos em um mesmo dia e não quer parar.

4- Ajude seus pais: A maioria das ajudantes da casa saem de férias em julho e a casa fica aquela bagunça. Passe um pano nos móveis, arrume a sala, lave os seus pratos e copos, enfim, ajude porque afinal eles trabalham e você não..E lembre-se, colocar um fone de ouvido ajuda a animar!

5- Faça comidas: Não estou falando para colocar fogo na casa, e sim para tentar cozinhar. Coloque no Google algumas coisas fáceis de fazer e tente colocar em prática. É fácil, divertido e ainda dá para tentar fazer um jantar para família.

6- Divirta-se porque afinal, você está de férias.


(Spicy)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Without you the dark, we'd never see the stars...


  
      Muitas pessoas falam que sem muitos amigos a gente não seria nada.. Mas outras falam que apenas um ou dois são necessários. Qual será o número exato de amigos que conseguimos realmente fazer, manter, cuidar e nos sentir bem respeitando o espaço do outro? 
     Para mim, tudo que acontece na nossa vida tem um motivo, e esse motivo nem sempre fica claro no momento. Eu sempre me vi com um milhão de amigos, cheia de gente ao meu lado que se preocupava comigo. Muitas pessoas, muito amor, muito carinho. E você me perguntaria naquele se eu estava feliz...Não estava. Não conseguia dar atenção necessária para todos, não conseguia dar o amor que eu gosto de dar para todos os meus amigos. Comecei a surtar e a esquecer de algumas pessoas. E como agir quando alguém se afasta de você? Claro que a primeira ação é se afastar também, certo? E foi isso que aconteceu. 
      Comecei a me sentir sozinha, e ao mesmo tempo com muitos amigos. Me senti pressionada. Não sabia como agir e porque eu estava me afastando de pessoas que queriam meu bem, ou pelo menos eu achava que queriam. Mas existe um ditado, que diz assim " Dê a quem você ama : asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar." 
        E você, que acredita que vários amigos são necessários para a felicidade, eu discordo. Poucos e bons são necessários e essenciais. Mas a partir do momento que você está cercado de pessoas que parecem se importar com você, a felicidade não faz mais parte da sua rotina. 
         Aqueles amigos que eu me afastei, não voltaram mais. Não procuram, não ligam, não mandam apenas um recado no facebook ou orkut. Alguns que eu me afastei, vieram atrás, ligaram, chamaram pra sair. E esses foram um ou dois. E quem são os de verdade? Aqueles que você deixa pra lá e eles também te deixam, ou aqueles que quando você ignora correm atrás pra saber o que aconteceu? E esses são muitos ou poucos? Façam o teste. Se afastem por um tempo e vocês vão saber quem realmente se importa com você. 
          E eu percebo que foi a melhor coisa que eu fiz, e sem isso eu jamais estaria feliz de novo. Hoje eu me sinto completa, feliz e satisfeita. "Eu quero ter um milhão de amigos.." - Acho que Roberto Carlos não sabe disso ainda. 


( Spicy ) 

domingo, 12 de junho de 2011

I wanna hold your hand...



   Um fato muito interessante me fez fazer esse post hoje.
     Quando eu estava hoje dentro do carro, vindo pra casa depois do aniversário do meu irmão, eu estava no meu momento autista. Com fones de ouvido, prestando atenção apenas nas minhas músicas que são criteriosamente escolhidas. Quando eu olhei para o lado, eu comecei a reparar no meu avô. Velho, sem disposição para faze quase mais nada. Sente frio por tudo, não tem mais apetite, toma remédio para dormir. E logo depois de começar a observar isso, tirei um fone de ouvido para ouvir o que eles estavam falando. 
     Minha avó estava falando mal dele, que ele não tem mais animo para nada, que está morrendo. Sabe quando te dá um aperto no coração de ouvir uma coisa dessas? Eu comecei a viajar nos meus pensamentos. Eu nunca aproveitei ele como eu deveria aproveitar. Tenho os quatro avos vivos e mal os vejo. Minha família é pouco unida, e eu acho que eu herdei isso, de alguma maneira. 
     E eu comecei a pensar também que essa família é a minha única fonte certeira de ligação no futuro. E olho para os lado as vezes e não sei com quem contar, não sei em quem me apoiar. Minha família não é a primeira coisa que eu penso quando eu tenho alguma dificuldade. E deveria ser. 
     Fiquei mal com essa situação. Fiquei mal de perceber que eu não deveria ser assim, não deveria apostar em pessoas de fora uma confiança inexplicável e um carinho que eu deveria dar a minha base. 
      E eu voltei a olhar meus avós. E aconteceu uma coisa que eu não consegui conter minhas lágrimas. Meu avô disse para minha avó:
  - Estou com frio, me dá sua mão pra esquentar a minha?
   -Mas minha mão também está fria, estou tentando esquentar ela aqui, não vai adiantar nada.
   - Não tem problema. Só o prazer de segurar sua mão e ter ela aqui com a minha já basta.

     E eu percebi que o falta é o carinho, a dedicação, o amor. Tudo.  E ele queria apenas, segurar a mão dela. E eu queria apenas segurar a mão dele.

( Spicy )

quarta-feira, 8 de junho de 2011

One day....



    Se aproxima o dia dos namorados. O status de muita gente começa a alterar em todas as redes sociais. Alguns que estavam solteiros começam a namorar do nada. Outros que não tinham nada escrito colocam solteiro para ver se conseguem desencalhar e arrumar alguma coisa. Eu sei como as coisas funcionam dos dois lados. Já passei o dia dos namorados sozinha e já passei o dia dos namorados acompanhada.
    Uma das coisas que os solteiros mais costumam fazer é falar que todos os dias são dias dos solteiros e dia 12 de junho só que é dia dos namorados. Se você não tem um namorado para passar esse dia, pare de falar essa frase de perdedor tá? É igual homem no dia internacional da mulher. Patético. Comemorar no mesmo dia alguma coisa relacionado a estar solteiro também é ridículo. Assuma que você está solteiro e pronto. Deixe quem está namorando aproveitar esse dia comemorativo e totalmente comercial. Nos Estados Unidos o nosso dia dos namorados é dia de quem tá namorando e dia dos amigos. Os brasileiros que inventaram isso de apenas dia dos namorados e depois dia dos amigos um tempo depois, ou antes, não sei.
     Pessoas que estão namorado, que estão felizes por poder passar essa data junto. Uma coisa eu aconselho, não crie muitas expectativas porque é só um dia normal. É claro que você vai querer passar com o seu namorado ou namorada, que vai querer ficar o dia todo junto, que vai querer sair pra algum lugar chique e tudo mais. E eu garanto a você que apenas um dia com seu companheiro ou companheira basta. Se vocês forem sair pra algum lugar chique lembre-se de duas coisas: O dinheiro que você vai gastar ali em poucas horas vai fazer falta pro resto do mês, e em um lugar chique você fica mais preocupado no lugar que você está e não com a pessoa que você está. Dica: vá para algum lugar simples, viaje, vá ao cinema, fique em casa vendo algum filme na tv, aproveite a companhia e não o lugar.
      Solteiros, eu sei que esse dia é chato para vocês. Eu sei que é um saco ficar vendo aquele tanto de coração e de flores e tudo mais pelos lugares, os casais se abraçando e beijando mais que nunca, aquela coisa toda, e ainda mais quando você antes queria de qualquer maneira arrumar alguém, não apenas para passar esse dia, mas porque você está carente ou apenas apaixonado. Mas nem todos os amigos estão namorando certo? Então chame eles pra sair, conversar, sem lembrar que aquele dia é dos namorados. Sem comemorar a falsa felicidade de estar solteiro. Apenas amigos.
       Namorados e namoradas, aproveitem esse dia ao máximo, mas não se esqueçam que esse não é o único dia que você pode comemorar alguma coisa. Vocês podem comemorar todos os dias por algum motivo, e as vezes até mesmo sem motivo algum, apenas por estarem juntos. Não se esqueça do resto do seu namoro e foque tudo no dias dos namorados. Não faça coisas que possam te prejudicar ou que você possa se arrepender depois porque é dia dos namorados.

    Dia 12 de junho não é um pesadelo, não é o paraíso, não é nada demais. É apenas, um dia.

( Spicy)

sábado, 28 de maio de 2011

86164...


   Adoro esses dias frios, de lua cheia em que você pode deitar enrolado em algum cobertor e olhar para o céu e pensar em tudo. 
    Adoro poder pensar em tudo sem ter que pensar em nada. Isso é meio esquisito né? Mas todo mundo já teve esse momento que tudo está perfeitamente bem e que você não tem nada pra resolver, apenas desfrutar. E que você não precisa pensar em nada, mas pode escolher em que pensar. 
    As vezes as pessoas acham que é legal falar que está cheio de coisa pra fazer, que não tem tempo pra nada, que é uma pessoa muito ocupada. Mas uma coisa que eu aprendi com o tempo e com algumas pessoas mais velhas, é que eu estou muito nova pra ficar me ocupando demais e perdendo tempo da minha vida criando problemas pra parecer importante. 
   E eu vejo muita gente assim ao meu redor. As pessoas que estão ao meu redor são bem esquisitas pra falar a verdade... Tem de tudo: gays, lésbicas, góticos, loiras, morenas, ruivas, piriguetes, santinhas, quietos (as) ou agitados (as). E o tipo que mais me impressiona são aqueles que querem se mostrar para os outros. Não apenas com seu corpo ou com as coisas que fala, e sim com sua atitudes de "proteção". 
   Quando alguém vem falar alguma coisa sobre você, e essa coisa falando mal, a nossa tendência é defender com unhas e dentes de qualquer coisa que vier nos atacar. E acabamos nos fechando pra ouvir o que ela tem a dizer apenas pensando nas qualidades ruins dela pra uma revanche.Eu sei o quanto é fácil fazer isso porque eu já fiz muitas vezes, e ainda faço quando não estou bem. Mas a pior coisa que acontece é quando você não escuta e isso desgasta o seu relacionamento com a pessoa. Quando você se faz de vítima quando falam de você e não escuta e percebe o que está acontecendo. 
   Na maioria das vezes nossos amigos querem o nosso bem. E se eles querem isso eles não vão falar coisas pra te deixar mal sem algum motivo. Proteção. Essa é a palavra que eu queria achar. Amigos são muito protetores e defendem com unhas e dentes os outros, mas chega uma hora que alguma coisa atrapalha, e tudo vai por água abaixo. Todos aqueles momentos que vocês passaram, risadas, segredos, parece que nada mais importa, porque afinal, ele está falando mal de mim, não é assim?
   Mas quando você está de bem consigo mesmo, feliz com sua vida e com aqueles que estão ao seu redor, quando alguém vem falar uma coisa de você, a sua tendência é escutar e não ignorar e pensar em uma réplica. E eu estou assim. Eu estou muito de bem com a minha vida e estou escutando e absorvendo tudo que as pessoas falam de mim pra ver como eu posso mudar. Não mudar pra agradar ninguém, principalmente aqueles que não me edificam. Mudar pra tornar uma convivência um pouco melhor com as pessoas que eu querendo ou não vão estar presentes um tempo ainda na minha vida. 
   A nossa vida é assim. A gente nasce, cresce, reproduz e morre. O que tem no meio a gente que faz. E só a gente pode fazer valer a pena. Então não se preocupe demais com coisas pequenas, não fique vendo coisa onde não tem, não crie problemas atoa, não brigue com as pessoas sem motivo e sem entender o lado delas, escute mais, fale menos, e apenas curta, porque seu estoque de 86164 segundos se esgotam todos os dias e cabe a você aproveitar cada um deles. 

( Spicy ) 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Meant to be



Quando estamos apaixonados cometemos muitos erros. Eu por exemplo já virei mestre no assunto. Comigo é sempre assim: eu olho, meu coração bate mais forte. Então eu passo por um período de negação, tentando esconder o sentimento. Depois que percebo que não é possível, admito que gosto do garoto. Aí entra a fase da aproximação. Passo a conversar mais com ele, tento me aproximar de todas as maneiras, sofro quando ele me ignora e, finalmente, consigo virar amiga dele. Só que o relacionamento nunca passa disso e no final eu sempre saio machucada. Então descobri que não é assim que as coisas funcionam.

Outra coisa que eu errava muito era em idealizar a pessoa perfeita. Nunca fui da linha 'romântica', mas que garota nunca sonhou em ter um príncipe para assistir filmes de comédia romântica juntos só porque você gosta, que te manda flores no dia dos namorados, que te abraça quando você tenta esconder que está mal, que escreve coisas fofas de vez em quando, que te liga só porque estava com saudade de ouvir sua voz... E por aí vai. E que garota nunca criou um padrão e disse: "esse é o meu tipo de garoto"?

O garoto dos meus sonhos, por exemplo, é: moreno, nem muito alto e nem muito baixo, simpático, engraçado na medida certa, fofo sem ser muito meloso, músico (de preferência) e tem que ter pelo menos alguns gostos em comum. Tendo alguns desses aspectos, já está valendo.

Ha alguns meses (quase um ano), eu havia começado a gostar de um menino. Ele se enquadrava em todos os padrões que eu havia estabelecido. Nós tinhamos tanta coisa em comum, que ele brincava que éramos irmãos gêmeos. Irmãos? Eu o enxergava como minha alma gêmea. Nunca acreditei nessas coisas de destino, metade de laranja... Mas eu via nele aquilo que tanto sonhei, e passei a acreditar que ele era perfeito pra mim.

Não era. Eu não fui correspondida e ele gostava de outra. E a cada decepção dessa, eu passava a acreditar menos no amor.

Amor? Só em contos de fadas, onde o príncipe se apaixona pela donzela, eles se casam e vivem felizes para sempre. Na vida real? Eu já havia aceitado o fato de que era impossível ser feliz com alguém. Era melhor ficar sozinha, eu dizia pra mim mesma, melhor pra mim e melhor pros outros.

Mas a vida insistia em me provar o contrário. Eu olhava para os meus dois melhores amigos, que se gostavam, e via amor de verdade entre eles. Eu, que acompanhei tudo desde o início, estava vendo uma verdadeira história de amor, muito melhor que nos filmes. Eles se amavam e, independente das diferenças, das brigas e dos problemas, eram felizes.

E isso não me deixava desistir. No fundo, eu sabia que o amor existia.

Havia um outro menino. Eu o conhecia desde a infância, e nós crescemos juntos. Mas eu nunca tinha dado muita importância para o menino fofinho que de vez em quando falava comigo. De repente começamos a nos aproximar e nos tornamos amigos. Uma amizade sem segundas intenções e sem cobranças. Não precisava ficar perto dele o tempo todo, e ainda assim cada minuto que passávamos juntos era maravilhoso. Eu o via como um irmão e vice-versa.

Então aconteceu. E foi totalmente diferente do que eu imaginava. A amizade foi crescendo e fez surgir a admiração. Daí, bastou um salto para virar um gostar. E o melhor de tudo é que isso veio das duas partes. Não foi uma escolha, nem foi algo imposto ou manipulado. Simplesmente aconteceu. E a amizade, o mais importante, continuou sendo a base de tudo.

O engraçado é que ele não é como eu idealizei. Claro que não é um loiro alto e bombado viciado em esportes radicais, totalmente o oposto de mim. Mas ele é diferente do que eu sonhava. E sabe de uma coisa? Ele é muito melhor do que o garoto dos meus sonhos. Ele é real.

Então aprendi que não existe essa coisa de "meant to be". Nossa vida não é obra de destino. Eu acredito que há um Deus que cuida da minha vida e que sabe exatamente o que é melhor pra mim. Assim como ele uniu meus melhores amigos, ele também estava preparando algo maravilhoso pra mim. E olhando pra trás eu vejo o propósito do que aconteceu com o outro menino. Eu aprendi muito com isso, cresci e amadureci. E hoje estou feliz por não ter dado certo. Quem sou eu para saber qual é o "meu tipo"? Sem essa de acaso, de conscidência. A verdade é que essas coisas são Deuscidência!

E, como diz o ditado popular: Deus escreve o certo por linhas tortas.

(Pepper)

domingo, 8 de maio de 2011

You are my dream now..


   "Sem pensar em nada, fez a minha vida e te deu..Sem contar os dias que me fez morrer sem saber de ti, jogado a solidão. Mas se quer saber se eu quero outra vida, não não.."


   Tava escutando essa música e resolvi fazer um post. Muitas pessoas me perguntam hoje se eu sou feliz namorando, se eu amo meu namorado, se em quase dois meses de namoro alguma coisa mudou. E eu parei hoje, dia das mães, pra me perguntar sobre isso e pensar sobre o meu relacionamento. Hoje eu mal conversei com ele, vi ele uma hora no máximo na webcam. E percebi o quanto me dói ficar longe dele, um dia que seja. Ficar longe de seus abraços, ficar longe de seus beijos, ficar longe de seu carinho, ficar longe dele. 
   Minha mãe as vezes olha fundo nos meus olhos e pergunta se é bom eu me entregar tanto assim, se é bom eu ficar criando tanta expectativa em um namoro que eu não sei se vai durar ou não. Eu sei que ela se importa comigo, e acho isso ótimo. Mas eu acho que eu nunca tive tanta certeza que esse namoro vai durar. E por que eu comecei a pensar nisso logo hoje, dia das mães? ( agora a mente de alguns borbulha: OMG ela está grávida.)  Não estou. Mas é porque hoje, quando eu estava no clube com minha mãe e rodeada de crianças e pessoas desconhecidas, eu olhava os pais junto com as mães. E me imaginava com ele. Conseguia perfeitamente imaginar um dia eu casada com ele, com filhos correndo de um lado pro outro. 
    Isso pode até parecer loucura ou até mesmo precipitado, mas tem uma coisa que eu aprendi com umas amigas minhas que a gente namora pensando em um casamento, se a pessoa seria um bom marido, uma boa esposa. E ele seria um bom marido. Ele me surpreende a cada dia com seu carinho, com suas mensagens de bom dia, boa noite. Seus abraços, carinhos durante a aula. Suas risadas fora de hora, seu jeito sem noção de fazer as coisas, seu jeito tímido e as vezes até lento de perceber e fazer as coisas. Tudo isso me atrai cada dia mais. E me lembra de uma música meio antiga "Não precisa mudar, vou me adaptar ao seu jeito, seus costumes, seus defeitos.. " E eu sinto que eu já me adaptei aos dele, e ele já se adaptou aos meus.
   Sinto que não poderia querer outra pessoa, que não seja ele. Sinto que não existe outra pessoa que nem ele. E sinto também que a cada dia que passa eu sou mais feliz ao lado dele. E respondo a minha mãe e as minhas amigas que as vezes se preocupam comigo e com essa entrega : "Eu estou apaixonada, estou totalmente entregue a ele e não me arrependo disso e não tenho medo de me machucar, porque eu sei que a ultima pessoa do mundo que faria isso será ele. "
    E eu desejo essa felicidade que eu estou pra todos meus amigos, homens, mulheres, heteros e gays. Acho que todo mundo merece amar e ser amado, ter alguém que está ali pra você e por você. Que te faça sorrir quando você não tem forças suficientes. Que te surpreenda a cada dia com uma ação, com uma palavra ou com apenas um olhar. Que te entenda as vezes quando você não sabe o que está sentindo e o que você faz. Que faça o seu levantar da cama a cada manhã valer a pena. Que te faça crescer a cada dia. Que faça com que você tenha sempre vontade de retribuir o bem que ele te faz. Que você realize todos os sonhos que você julgava ser impossível com essa pessoa. Que ela seja o sonho que você sempre quis. 
    E ele é o meu sonho. Ele é tudo aquilo que eu sempre quis pra mim. Aquela junção de tudo que eu sempre quis em um homem. E com a música que eu comecei esse post eu termino ele falando que com toda certeza minha vida é dele, é ele e sempre será.


(Spicy)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

I sit by myself talking to the moon...


    Alguns me chamam de louca, outros me chamam de problemática e outros até alegam que eu sou obsecada. Mas outros falam que eu estou apaixonada, estou mais feliz. Em quem acreditar? Acho que nos dois tipos de pessoa. Eu estou longe de ser normal, estou longe de fazer as coisas certas e o que na maioria das vezes me mandam fazer, mas também sei o que me faz feliz e sei quem me faz feliz.. 
   Como eu disse no meu ultimo post as coisas não aconteceram da maneira que eu havia planejado, e hoje elas não agradam a todos, como a maioria das coisas que eu faço, mas é algo que me deixa extremamente feliz e satisfeita. Quando eu olho pra minha vida agora eu vejo que não há o que melhorar, que não tem nada que eu possa falar que está ruim e que eu mudaria. Minha família está em um momento perfeito, meu namorado é lindo. E é sobre ele que eu vou falar. 
     Aquela pessoa que você menos espera te conquista de uma maneira que você nunca imaginou que alguém te conquistaria. Quando eu olho pra ele eu vejo sinceridade, vejo paz, me vejo. Um dia vi um texto que dizia assim "Antes de você, eu não era eu.. " e isso pra mim é a mais pura verdade. Eu não era tão feliz igual eu sou hoje, acho que nunca fui. Eu não fazia as coisas que eu faço hoje com um prazer enorme em fazer, como eu faço hoje. Eu não olhava pra algumas coisas de maneira prática, de maneira certa. E eu pensava mais em mim mesma do que qualquer coisa. 
    Ai você pensa.. Mais é ruim mudar por causa dos outros, é ruim porque você deixa de ser você mesma, perde a essência. Mas pra mim foi completamente o contrário. A minha essência está nele. As vezes quando eu deito e penso nele, vem uma calma, uma sensação de preenchimento no coração. Completa. Essa é a sensação. E quando eu olho pra lua, e sei que ele está, onde estiver fazendo a mesma coisa, é como se ele estivesse comigo, ao meu lado. É como se nada mais importasse, porque ele estava comigo. E estaria comigo mesmo longe, mesmo perto. Comigo. 
   E ao final desse texto, você voltará a primeira frase. O que eu sou nessa situação? Louca? Obsessiva? Apaixonada? Feliz?....E caro leitor eu te respondo.. Eu sou eu mesma, agora mais que nunca. Sozinha mas completa, porque sei que mesmo sozinha aqui sem ele, sem estar com ele 24 horas por dia... Estou com ele, no meu coração, no meu corpo, na minha mente.. 


(Spicy)

terça-feira, 26 de abril de 2011

You got me



O céu continuava com aquele azul fosco. O Sol despontou do meio das núvens e os barulhos vindos da rua me acordaram, assim como todas as manhãs. Mas eu não era a mesma das outras manhãs.

Você já quis tanto uma coisa, que quando finalmente conseguiu ela perdeu a graça? As vezes idealizamos demais nossos sonhos, e acabamos perdendo a noção da realidade. Aquilo que você pensou que te traria alegria, na verdade só tira sua paz. Frustrante, não?

Me espreguicei e tentei ficar mais alguns minutos deitada entre os edredons e travesseiros tão aconchegantes. Não consegui. Meus pensamentos enchiam minha mente em ritmo explosivo, carregando-me numa enchente desordenada, correndo e dando guinadas de um pensamento a outro, pulando por cima de lembranças e colidindo com cenas repetidas. As imagens passavam mais depressa do que eu conseguia vê-las. Eu estava completamente confusa.

Resolvi me levantar e tentar ocupar minha mente com outras coisas. Peguei minha caneca da Starbucks e a enchi de café - o combustível que me mantinha de pé. Um solo de guitarra ecoou em meus ouvidos e minha mão correu para o meu celular. Uma mensagem. Era de um cara que estava me paquerando. Estranhei o fato de não sentir nenhum arrepio, nem um coração acelerado, nem borboletas no estômago. Nada. Li, reli, refleti... E percebi que o único nome que vinha na minha cabeça não era o do remetente. Mas o dele.

Foi então que eu percebi que eu não tinha como escapar. Ele havia me ganhado. Eu tinha medo de gostar, de amar, de me entregar pra qualquer pessoa. Aí ele entrava na minha vida. Seus olhos cor de madeira, seu sorriso brilhante de canto de boca. Todo o seu corpo me chamava atenção. Sua postura, seu jeito de falar. Tudo me atraía, era como se uma força me puxasse para ele. E de repente já não era mais possível fingir nem fugir.

A vida tem dessas coisas. E nessas coisas, eu me dou mal lindamente.

Agora me pergunto de que exatamente tenho tentado escapar: dos sentimentos ou do fato? Fui capaz de escapar dos sentimentos - por uns tempos. Os sentimentos a gente pode enterrar, suprimir, negar, ou convencer a si mesma de que não existem.

Mas o que pode mudar ou apagar o fato? Até agora não pensei em nada.

E o fato é que eu estava apaixonada. De novo. Outro fato era que eu precisava urgentemente desabafar. Liguei para duas de minhas melhores amigas e combinamos de nos encontrar. As vezes algumas pessoas falam o que não queremos ouvir. Outras vezes, elas falam o que no fundo queremos ouvir, mas temos medo de escutar.

Depois que nos encontramos, expliquei a elas tudo o que eu estava sentindo. Desabafei e coloquei tudo pra fora. Agora era a vez delas.

- Primeiro você tem que admitir para si mesma - falou uma das minhas amigas - você gosta dele?
- Eu não sei, eu...
- Você fica nervosa e sente borboletas no estômago quando ele fala com você?

As borboletas. Elas insistiam em me perseguir.

- Sim, eu sinto.
- Então você gosta dele. Diga isso com a sua boca.
- Eu... - engoli em seco - Eu gosto dele.

Gritinhos histéricos, abraços sufocantes e sorrisos espontâneos. Será que isso era bom?

- Não quero criar esperanças em você - disse a outra, sorrindo de orelha a orelha - mas eu tenho quase cem por cento de certeza de que ele tambem gosta de você!
- Todo mundo ta falando isso, e todo mundo quer ver vocês juntos! - completou a primeira
- Ah, vocês combinam tanto! - as duas suspiraram
- Parem de dizer essas coisas, gente. Eu tenho medo. Eu não quero gostar dele, vocês sabem que eu me apego fácil... Não quero isso pra mim, principalmente com ele. Além do mais, ele nunca vai querer ficar comigo. - disse, olhando meu reflexo no vidro espelhado - Como um cara como ele iria querer ficar com uma menina assim?
- Você sabe que é completamente possível, e até mesmo provável que ele goste. Só você não vê isso.

Eu não via ou não queria ver? Acho que estava perdendo um jogo contra mim mesma, não querendo assumir o que já tinha tomado conta de mim.

Eu estava perdida.


Continua, ou não...

(Pepper)

sábado, 16 de abril de 2011

Simple..



Hoje vou postar diferente.. Vou postar um texto que minha amiga Tábata que fez..



    Sabe aquele momento do dia, no qual uma bela de uma epifania aparece? Você tenta lutar, mas ela vai sucumbindo, aí você descobre que talvez uma grande amizade pode estar acandando? Vocês mal se falam e se falam é porque você que procurou? Pois é, isso aconteceu comigo.
    Devido ao fato de vivermos em um mundo contemporâneo, onde procuramos dar o melhor de si, a separação acaba sendo um mal necessário para conseguir sobressair se no mercado.
E foi assim que aconteceu. Nós nos separamos. Sei que com a divisão novas pessoas aparecem e devido o tempo curto temos que priorizar certas coisas, pois pensamos que as outras sempre estarão ali, certo?
Errado.
   O mundo é efêmero e as coisas mudam.Por isso, manter algo antigo é difícil,principalmente uma amizade.Porém, há um modo simples de fazer isso.
Muitos acham que comprar um monte de presente vai superar a ausência, mas uma amizade se cultiva com pequenos atos, como uma simples mensagem dizendo: “Oi, como você está?”, que demonstra que você ainda se importa com o destinatário e que mesmo estando distante, você estará sempre ali com ela.
    Por isso, em nome das belas amizades que temos, convido a todos a dizer um OI. Simples assim! 


(Spicy)

domingo, 10 de abril de 2011

We cannot alter facts, but we can alter our ways of looking at them...



    Quando acontece uma coisa que a gente não queria que acontecesse a gente sempre reclama né? Ai fala "Ah, Deus escreve certo por linhas tortas". Não galera. Deus escreve certo por linhas certas. Tudo que a gente passa tem um motivo. E as coisas vão continuar acontecendo da maneira que você não tinha planejado. E você vai continuar reclamando até quando? Você não pode mudar as coisas que acontecem com você. Você pode fazer com que as coisas tendam a acontecer do jeito que você quer.
    Eu estava planejando tudo de uma maneira muito diferente. Eu planejava ser feliz ao lado do menino que eu gostava ou pelo menos achava que gostava, e esperava que gostasse de mim também. Estava tudo dando certo até o momento que eu percebi que não ia ser daquele jeito que eu ia conseguir ficar junto com ele. Não seria forçando as coisas, não seria falando, mandando indiretas e diretas, praticamente implorando por um pouco de afeto. Desisti. Achei melhor ficar sozinha por mais um tempo. Quem sabe aparecia um príncipe no cavalo branco e pedia pra casar comigo? É bom sonhar.  
   Mas enquanto eu sonhava com isso, eu não percebia que o que eu queria estava logo ali, mais perto do que eu imaginava. Me abri um pouco mais para as amizades, tanto masculinas, tanto femininas. E lá estava ele. Tão perto mais ao mesmo tempo tão longe. Tão tímido, pouca proximidade, menino de poucas palavras. E inexplicavelmente esse menino me conquistou de uma maneira incrível. Algo que eu nunca imaginava que iria acontecer. Algo que eu não queria que acontecesse porque eu não queria sofrer mais por causa de ninguém, não queria me apaixonar sem ser correspondida. 
   E mais surpreendente do que como eu me apaixonei por ele é que ele também se apaixonou por mim. E conquistou a aprovação de todas as minhas amigas e dos meus pais. E me conquistava, a cada dia mais. Cada dia que passava que eu via ele na minha frente eu não conseguia parar de olha-lo e de desejar que ele tivesse comigo, ao meu lado. Com a oportunidade de fazer ele feliz, com a oportunidade de amar ele cada dia mais.
    E foi da maneira mais bonita que eu poderia imaginar que em uma noite de lua cheia eu sentia que ele era meu, que ele estava comigo, que eu o amava. Quase um mês depois eu tenho certeza de que é com ele que eu quero passar todos os dias, segundos da minha vida. Dias separados parecem vazios mas eu sei que eu tenho ele comigo, dentro de mim, no meu coração e que isso distância nenhuma poderia tirar isso. 
    Então caro leitor, se você está reclamando que a sua vida está errada, que nada sai do jeito que você planejou, pare e pense. Hoje eu estou muito melhor do que possivelmente eu estaria ao lado do outro. Hoje eu tenho alguém que me ama de verdade, que se importa comigo e que eu amo e me importo. Meu melhor amigo. Meu amor. Você percebe que os fatos você não pode olhar, mas você pode alterar a maneira de olhar pra eles e esperar com toda certeza o melhor. 

( Spicy )

quarta-feira, 16 de março de 2011

I want to get out of this



Antes de qualquer outra coisa, quero esclarecer que só escrevo no blog para desabafar. Foi uma válvula de escape para extravasar meus sentimentos. Então, se você não está a fim de ouvir mais problemas, não leia este post.

(Este é o momento em que você fecha o site e arruma outra coisa pra fazer)

Bem, se você chegou até aqui, creio que vai continuar lendo. Enfim. Você já se sentiu tão mal que chegou a doer? Uma dor profunda que chega a ser física, como se alguem estivesse apertando o seu coração? Ultimamente eu tenho sentido isso. Aprendi a guardar meus sentimentos pra mim, e praticamente nunca desabafar com ninguem. Sei que não é a melhor escolha, mas acho que é minha unica opção. No começo era fácil, eu conseguia lidar com isso numa boa. Porém, com o tempo, as coisas foram se acumulando lá no fundo, até que começaram a transbordar. Então eu passei a sentir muita dor. Não sei se isso é algo normal, sei que não é gastrite, cólicas ou algo do tipo. É uma dor diferente, que suga minhas forças. Dói tanto que eu abraço minhas pernas pra ver se melhora. Não melhora.

To parecendo uma esquisita maníaca e tosca falando desse jeito. Mas é que eu to a ponto de explodir se continuar com isso preso na garganta.

Não aguento mais ficar em casa, parece que baixou um trem aqui que tá deixando todo mundo doido. Escrever não é a melhor maneira de descrever o que tá acontecendo aqui. Não é nada bom. E descobri que minha relação comigo mesma tende a piorar quando as coisas estão conturbadas na família. Nem sempre, mas na maioria das vezes sim. Aí eu fico toda idiota me achando a pior das criaturas - não que eu não me ache isso normalmente, mas nesses dias fica ainda pior.

Sério. Acho que as frases que eu mais tenho falado recentemente são: "Nossa, como eu sou idiota." ou "Mas eu sou burra demais! Fico chocada com a minha estupidez." e até mesmo "Por quê eu ainda tento se eu não consigo fazer nada direito?"

Eu sei que eu to parecendo uma pirralhinha de 13 anos com baixa auto-estima. E eu sei que eu sou idiota, como você deve ter lido no parágrafo acima. Não me julgue, eu mesma já me julgo demais.

Sabe, eu tomei o costume de guardar as lágrimas pra depois, pensando que isso é força. Mas não demonstrar apenas não basta. Continuar triste no fundo também é fraqueza.

Tristeza é mais fácil porque significa simplesmente se render ao sofrimento.

Depois de um tempo descobri que ficar triste não vai adiantar nada, e que as pessoas não vão te animar (sem querer criticar ou dar indiretas pra ninguém, porque este não é o dever delas). Cabe a nós arrumar força e motivação para seguir em frente.

Só Deus mesmo pra me manter de pé em momentos como esses. Agora só espero que o Seu amor me ajude a curar essa dor.

(Pepper)

domingo, 13 de março de 2011

I need to be more selfish...



   Sabe quando você faz as coisas pensando demais nos outros e as vezes acaba esquecendo um pouco de você? Quando você ouve demais aquilo que estão falando pra você fazer e acaba esquecendo que quem vive sua vida é você e não eles? Pois é exatamente isso que está acontecendo. Estou sendo guiada pelo pensamento dos outros e pelo que eles acham que eu deveria fazer, mesmo não sendo o que eu quero fazer as vezes. 
   Amigos são ótimos pra dar conselhos, porque não é na vida deles que eles estão intrometendo. Quando tudo é levado muito a sério você acaba esquecendo de viver um pouco. Poxa, eu sou uma adolescente, mereço ser feliz um pouco. Curtir a fase da minha vida que tem mais desafios, mas sem me preocupar com problemas demais, obrigações demais. E eu estou rodeada de pessoas assim. Que querem fazer sempre o certo, que querem sempre agradar os outros, e com isso acabam perdendo a diversão das coisas simples.
   Minha rotina é parecida com a de muitas pessoas: Acordar, tomar café, dar uma estudada, ir pro colégio, voltar pra casa, ver TV e dormir. E eu sempre me perguntava: Como essas pessoas, que fazem as mesmas coisas que eu, são tão felizes? Simples resposta. Porque elas não se preocupam tanto com as coisas como eu me preocupo. Elas não se preocupam tanto com o que os outros vão pensar ou se elas estão fazendo o que as pessoas julgam ser o certo. 
   Eu cheguei a conclusão que está mais que na hora de pensar mais em mim mesma. Errar mais, me desafiar mais, fazer coisas que eu nunca fiz, experimentar, e acima de tudo me divertir. Talvez seja por estar nessa fase que todos falam que é a melhor da vida, que não tem responsabilidades. Talvez porque eu não queira ser daquelas pessoas que falam que não aproveitaram nada na sua adolescência. Talvez porque eu quero um dia olhar pra trás e ver que eu aprendi com os meus erros, fiquei orgulhosa com meus acertos, mas acima de tudo que eu aproveitei a minha vida e que apenas me arrependo de não ter visto isso mais cedo. 
   Chega de fazer o que os outros falam pra eu fazer, chega de ficar abrindo mão das minhas coisas pra fazer pelos outros. Chega. E é o meu conselho pra todo mundo. Chega de deixar que os outros tomem conta da sua vida. Chega. 
    E você vai ser realmente mais feliz.

(Spicy)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Don't right your wrong




Alguma vez você já olhou ao seu redor e pensou: "nossa, ta tudo errado"? Nos últimos dias eu tenho percebido que, realmente, está tudo errado!

Conviver com determinadas pessoas me fez abrir os olhos para coisas que eu nunca havia notado ou parado para refletir antes. E depois que eu passei a conviver com essas pessoas, passei a ver as coisas de um jeito diferente. Foi a partir daí que eu comecei a sentir uma dor no estômago toda vez que eu ando pelos corredores da escola. Tantos jovens vivendo simplesmente por viver, sem nenhum propósito de vida... Eu me pergunto: como alguem arruma forças para se levantar da cama toda manhã sem um motivo maior?

Outra coisa que me incomoda profundamente é gente que parece que tem que estar com um homem para ser feliz. Desculpa se eu sei respirar sozinha. Sabe, a vida não gira em torno disso. Essas pessoas baseiam a sua felicidade em relacionamentos, colocando todas as suas expectativas neles. Quando não acontece como o esperado, ou quando estão solteiras, é como se o mundo acabasse. Digo com toda a certeza: elas nunca vão ser felizes pois homens não são capazes de suprir nossa carência afetiva, típica de toda mulher.

Agora, uma das coisas que mais me deixam revoltada é essa mania (e eu admito que muitas vezes faço isso) de empurrar alguem para outra pessoa gostar. Sinceramente, quem nunca disse aquela frase aparentemente inofensiva mas que causa tanto estrago?

Ah, ele combina com você...

Que arma terrível é a nossa boca! Um pequeno comentário, uma idéia semeada, um sentimento forte plantado no fundo do coração de alguém.

Admito que muitas vezes fui vítima dessa frase, e isso me causou muitos machucados e cicatrizes. Hoje, fiquei mais forte (ainda que não o suficiente) e aprendi a reprimir esses sentimentos perigosos. Mas o que me deixa revoltada é a importância que os adolescentes dão a relacionamentos. Pensam que são maduros e estão prontos para se envolver emocionalmente (e até fisicamente) com alguem, mas no fundo são inocentes, fracos e volúveis. Então, se eu escolhi não gostar de ninguém, por favor não empurrem ninguém pra cima de mim.

Sei que estou parecendo uma velha careta chingando a sociedade atual, mas eu vi com meus próprios olhos que há muito mais para se viver. Existe sim amizade verdadeira e sincera entre homens e mulheres, sem que haja qualquer outro tipo de envolvimento. E é sim possível ser feliz sem bebedeiras, peguetes e outros prazeres imediatos.

Depois de descobrir isso tudo, posso dizer que há sim algo errado. E muito errado.

(Pepper)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

I just fell alone..


   Todos tem momentos. Eu tenho meus momentos de alegria, tenho meus momentos de querer jogar tudo pra cima e desistir, tenho momentos de amor mas também tenho meus momentos de ódio. E um momento vem predominando na minha vida por um bom tempo: Solidão. Por mais que existam pessoas ao meu lado, por mais que existam aqueles que querem me ajudar, eu me sinto sozinha.
   Sinto as vezes incomodar com as minhas coisas com isso parei de desabafar, parei de contar as coisas que estão acontecendo comigo pras pessoas. E acabei guardando tudo isso pra mim, e essa bola de neve só cresceu. Mas pensando por outro lado parei de irritar as pessoas com meus problemas, parei de sobrecarregar elas com as minhas coisas e me tornei uma pessoa menos carente de carinho dos outros. Passei a me virar um pouco mais sozinha, e acabei me acostumando com isso. Agora eu olho e percebo que sou grossa com algumas pessoas, que não tenho mais paciência pra conversar direito, que esqueci como era dar um pouco de carinho pra quem precisa.
   Não ligo mais pras minhas amigas como eu fazia todos os dias. Não mando mensagens mais falando coisas idiotas, ou demonstrando o quanto eu gosto delas. Não consigo mais saber o que eu sinto pelas pessoas, mas consigo perceber que eu não sou ninguém sem alguém comigo. Não por carência, por necessidade de demonstrar meu carinho. Acho que todos precisam disso um pouco. É tão bom pegar o celular e ver que tem uma mensagem daquela sua amiga ou daquele seu amigo falando que está com saudades, ou que se importa com você ou apenas que te ama e que precisa de um abraço. As vezes é bom perceber que as pessoas se importam com as coisas que você faz ou que elas precisam um pouco de você. As vezes é bom se sentir importante. As vezes é bom merecer essa importância.
   E eu não venho merecendo isso. Venho fazendo as coisas mais erradas a cada dia. Conseguindo piorar as coisas que já estavam ruins, fazendo com que pessoas que eu gosto muito se afastem de mim, fazendo com que todos achem que eu faço as coisas para chamar atenção, fazendo com que até a pessoa mais repugnante do mundo tenha vergonha de mim. Tenho pensado em desistir, parar de encarar as coisas de frente, parar de viver. Tenho agido muito em relação a isso.
    E porque? Pra que as pessoas achem que eu to fazendo isso pra chamar atenção delas? Pra que as pessoas achem que eu estou querendo que elas sintam pena de mim? Não. Apenas porque eu não sou forte o suficiente, apenas porque eu não aparento estar passando por todas as coisas que eu estou passando, apenas porque eu não me conheço mais.
     Não sei mais quem eu sou, se é que um dia eu soube. Se é que um dia alguém conseguiu tirar isso de mim. Só sei que eu me sinto, sozinha.

( Spicy)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

And everything around me makes me missing you...


   Sabe quando tudo que você faz, tudo que você pensa em fazer ou todos os seus pensamentos tem um dono? Quando você já não consegue mais fazer suas coisas direito porque está pensando em alguém? Quando ao terminar um dia você se deita na cama e tudo que você consegue lembrar é daquilo que vocês passaram juntos, ou que você gostaria que tivesse acontecido com vocês, mas que agora isso não passa de lembranças e vontades que não vão se realizar? Pois é isso que está acontecendo comigo. 
   As vezes quando eu paro pra pensar na minha situação eu vejo o quão ridícula eu estou sendo comigo mesma. Tenho amigos ótimos, tenho um menino lindo que a qualquer momento eu posso ter ele como namorado, tenho um amigo perfeito que supre quase todas as necessidades de carência amorosa que eu tenho, tenho uma família rasoavelmente boa, uma escola onde pessoas se matam para conseguir uma oportunidade de estudar lá, e eu estou aqui reclamando das coisas. 
   Já tinha chegado a conclusão antes de que correr atrás não seria uma boa maneira, mas eu também cheguei a conclusão de que eu não queria mais ele como namorado, e sim como amigo. Cheguei a conclusão de que eu precisava e sentia falta era da amizade dele. Da amizade que eu vejo ele tendo com as minhas amigas, com pessoas que ele mal conhece. Era disso que eu sentia falta. Então cheguei a brilhante conclusão que eu não amava ele como namorado mais e sim um amor de amigo. E esse amor eu não queria abrir mão. Por parte eu fiquei feliz e satisfeita de saber que eu consegui ser forte o suficiente pra esquecer ele de verdade, mas por outro lado eu fiquei mal por saber que eu não teria a amizade dele de volta e por isso mais uma vez meu amor seria totalmente inútil. 
    E a sensação de que eu estava incomodando as pessoas a minha volta voltou. A sensação de ódio dos meus pais por não me deixarem fazer nada também voltou. A incapacidade para estudar também voltou. E minha bola de neve, que era pra diminuir acabou aumentando mais uma vez. Só que dessa vez eu tenho que fazer escolhas diferentes do que eu fiz antes, porque elas acabaram aumentando ainda mais. 
    Não poderei pedir ajuda aos amigos porque os meus problemas são meus problemas e eles não precisam me ajudar a resolver as minhas coisas, porque cada um tem as suas coisas para resolver. Resolver minha carência com outras pessoas também não vai resolver porque senão vou ficar chata, pegajosa e como já falaram uma vez de mim "quanto mais as pessoas tratam ela mal mais ela fica chata e pegajosa." 
    Acho que está na hora de crescer um pouco mais, saber lidar com os meus problemas e as minhas dificuldades sozinha. Correr atrás de amigos ou de ex namorados pra pedir alguma coisa é totalmente inútil pois você acaba saindo como a errada da história e acho que isso a vida já me ensinou. Um amigo te conhece pelo olhar e não pelos pedidos de ajuda. Se um verdadeiro amigo não conseguir te entender sem que as palavras saiam da sua boca é porque ele não é tão verdadeiro assim e não te conhece muito bem. Um ex namorado não precisa que você se jogue aos pés dele para que ele volte a falar com você. Se ele quiser, ele vai voltar, se ele não quiser só resta a você ter paciência, mesmo que tudo ao seu redor faça você sentir saudades dele. 

(Spicy) 

sábado, 12 de fevereiro de 2011

I guess It's time to say...


  Hoje vai ser um post diferente. Primeira vez que eu e a Pepper vamos postar juntas, e não vamos falar sobre o que está acontecendo com a gente e nem sobre um assunto aleatório. Hoje é um dia de agradecimentos e pedidos. Essa semana nós completamos 1.546 vizualizações do nosso blog e estamos MUITO agradecidas a vocês que estão com a gente em todos os posts, que acompanham, que seguem e que nos dão um retorno muito bacana. 
   Queriamos pedir uma ajuda de vocês, porque esse blog não é só nosso. Sem as pessoas que lêem ele, não faria sentido nenhum, então seria bem legal se vocês comentassem nos textos, falassem sobre o que seria legal a gente falar, sendo anonimamente ou não. Mas não deixem de comentar, mesmo. É muito legal ter um retorno de quem acompanha. 
   Bom gente, é isso ! =D

( Spicy ) 

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Oi queridas e queridos (alô, algum querido por aí? manifeste-se!)

Hoje eu e a Spicy resolvemos fazer uma postagem dupla, dedicada especialmente para os nossos leitores (assíduos ou não). Sabe, ha algum tempo atrás eu fiz um post sobre por quê eu escrevo num blog. Eu disse que escrevia para desabafar, não para agradar ninguém. Isso é verdade, mas estaria mentindo se dissese que não fico feliz quando vejo um comentário aqui e outro ali. São poucos, mas são muito especiais. Se não fosse por vocês, leitores, eu não estaria aqui de madrugada escrevendo. Sinceramente, acho que já teria desistido do blog ha muito tempo!

Sei que alguns de vocês não costumam ler todos os textos, outros nos acompanham desde o começo. Alguns são conhecidos nossos, outros completamente anônimos. Mas todos vocês nos ajudaram a perseverar, nos estimularam a continuar escrevendo essas porcarias esses textos. Haha. Só quem tem um blog sabe como é gratificante saber que seu post tem muitas visualizações - e nenhuma delas é da sua mãe! Mais gratificante ainda é saber que nosso blog já ultrapassou a barreira dos 1500 visitantes! Agora, rumo aos 2000 (ao infinito e além)!

Enfim. Termino aqui com um trecho de uma música que gosto muito:

"I guess it's time to say: we thank you all!"

(Pepper)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Who I am...

    
     O que importa pra você? Quais são suas prioridades? Suas metas? Seus sonhos? Afinal, quem é você e o que te define?
     Muitos por ai dizem que "quem se descreve se limita", que não sabem dizer quem são, mas isso não tem nada de bonito, isso se chama falta de auto-conhecimento. Quando você não se conhece você passa a tentar imitar nos outros coisas que você gostaria de ser, sem saber se você tem a capacidade de ser melhor que aquilo. Você passa a cobrar das pessoas uma posição em relação a você que talvez você nem precise e seja apenas por inveja do que alguém tem delas. 
     E quando você não se conhece não consegue perceber o que realmente importa pra você. Não consegue ver até onde vai a opinião e entra a influência. Não consegue perceber quais são suas prioridades, seus valores e até mesmo seus sonhos. Então se pergunte agora, você sabe quem você é por completo? Pode dizer que você sabe como agiria em qualquer situação? Como são seus sentimentos? Consegue domar os instintos e o coração e deixar a mente tomar o controle? Posso dizer a vocês com todo o meu coração e sinceridade: Eu não me conheço.
     Confesso que poucas pessoas que eu tenho contato responderiam que se conhecem. Eu percebi que me surpreendo demais com as atitudes que eu mesma tomo e que não deveria ser assim. Agir por impulso ou instinto me tornam uma pessoa imprevisível até para mim mesma, e isso é a pior coisa do mundo.
     Quantas vezes você já falou alguma coisa e se arrependeu profundamente quando foi parar pra pensar no que fez? Eu já fiz isso várias vezes, e me arrependi em quase todas. Quando a gente não pensa antes de fazer pode magoar os outros, pode magoar a si mesmo e pode ter muitas consequências. Então porque fazemos isso? Porque não nos conhecemos o suficiente pra saber como agir em certas situações então achamos que a primeira coisa que vier é a certa. Quando a gente vai parar pra pensar um pouco em quem a gente é e esquecer um pouco a vida dos outros? Quando a gente vai olhar pro nosso umbigo e parar de criticar os outros? Quem sabe você não seja mais parecido com aquela menina que você acha estúpida do que você acha? Quem sabe quando você fala mal dos outros, eles estejam falando mal de você pelo mesmo motivo?
     Quando você acha que você é a pessoa mais perfeita do mundo é porque você não conhece seus próprios defeitos, e eu aposto que se você procurar, você vai encontrá-los. Ai você me pergunta, então porque eu vou procurar uma coisa dessas? Prefiro me achar uma pessoa perfeita. E eu te respondo caro leitor, se você não souber quem você é as pessoas também não vão saber. E a partir do momento que você não se ama por completo por não se conhecer você perde a oportunidade das pessoas te amarem assim, do jeito que você é, com todos os defeitos, com todas as qualidades, com tudo isso que é você.
     E depois disso tudo, você pode olhar pra si mesma e ter uma sensação ótima e poder falar : "Eu me conheço, eu sei quem eu sou."

 ( Spicy )
     

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Owner of a lonely heart...



     Gostar da mesma pessoa por  muito tempo as vezes é bom mas a vezes se torna cansativo. Bater muitas vezes na mesma tecla pode ser chato, mas as vezes é necessário pra você conseguir enxergar algumas coisas. Eu sempre fui daquelas que fala eu te amo primeiro, que se entrega e muitas vezes quebrei a cara por causa disso. Quase sempre pra ser mais exata. Sempre confiei nas pessoas de olhos fechados, até mesmo em quem eu conhecia a pouco tempo, e na maioria das vezes eu também quebrei a cara. As vezes eu penso, as vezes eu tenho certeza de que eu sou muito idiota por não mudar esse meu jeito mas é uma escolha que eu fiz pra mim. Escolhas. A vida é cheia delas e cada uma que você faz pode te levar para um lugar diferente. Você pode escolher ficar com aquele menino, você pode escolher ir naquela festa, você pode escolher comprar aquela roupa e cada uma dessas escolhas terá uma consequência. E eu tive que fazer muitas escolhas, algumas para o meu bem e outras para o bem dos outros. 
     Uma das escolhas foi abrir mão de uma amizade. Isso não quer dizer que eu desisti de ser amiga, e sim que eu desisti de ficar sempre cobrando, ficar sempre tentando mostrar o que está errado sendo cobrada sempre, e sendo julgada sempre. Pimenta no olho dos outros é refresco. Se fazer de coitadinha sempre, se culpar sempre e ignorar o que é falado é burrice. Se algum amigo te fala alguma coisa, pelo menos escute o que ele está falando porque na maioria das vezes ele quer seu bem e fala isso com amor. E depois de muito tempo só tomando patada, depois de muito tempo sentindo o quanto eu estava incomodando eu escolhi me afastar. A partir do momento que a pessoa não quer mudar é porque ela acha que não está errado, e se eu sou a errada da história, porque continuar nisso? Só vou me desgastar, ficar chateada e ficar sempre na mesma conversa. 
     Minha outra escolha foi desistir de correr atrás dele. A partir do momento que fica claro pra você a vontade do outro fica muito mais fácil tomar uma decisão. Quando você percebe que já faz tempo que o menino não quer nada com você, existem duas coisas a se fazer : esquecer ou insistir. E eu venho insistido a quase 5 meses. Onde isso me levou? A lugar nenhum. Fiquei com ódio, fiquei triste, fiquei cada dia mais apaixonada e  sendo movida apenas pela esperança de que um dia as coisas poderiam ser diferentes. Mas não foram e não vão ser. Quando você chega no ponto que eu estou as escolhas continuam as mesmas, e dessa vez eu decidi esquecer. No filme que eu vi "Ele não está tão afim de você " mostra muito o que eu estou passando . A mulher corre atrás de todos os caras que ela fica, mas no meu caso é um só. Algumas vezes isso dá certo, mas é exceção, e eu não sou uma exceção, eu sou a regra. E a regra é que se algum cara quer alguma coisa ele corre atrás. O que não está sendo o meu caso. Então porque continuar nisso? Porque ficar pior a cada dia, tendo ideias de jogar tudo pro alto e simplesmente pular de um precipício? Eu tenho a opção e eu fiz a escolha. 
     Não são escolhas fáceis. Abrir mão de uma amizade, abrir mão de um garoto, mas é melhor estar com o coração em paz, do que constantemente em guerra. É melhor fazer escolhas antes que seja tarde demais e você entre em um caminho sem volta, e em um ciclo vicioso. E assim ficarei, dona de um coração solitário. 

( Spicy )

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cry baby cry



E lá estava eu novamente dentro do ônibus, pensando. Aquela cena se repete várias vezes. Parece que eu tenho uma tendência a pensar na vida enquanto espero sozinha meu ponto. Olhei para o lado de fora da janela e vi crianças brincando na rua. Inocentes, ainda não tinham malícia. Como eu gostaria de voltar a essa época, quando eu ainda conseguia olhar os outros nos olhos.

Passei a tentar fugir do problema, evitava encará-lo de frente, como sempre costumava fazer. Só depois descobri por quê os problemas me perseguem: EU era o problema. Você pára de procurar monstros debaixo da cama, quando descobre que eles estão dentro de você. Minha vontade era de me fechar numa bolha, não para me proteger, mas para não machucar ainda mais os outros. E machucar os outros é pior do que ser machucado.

Eu era um monstro.

No fundo eu queria sumir. Mas como suicídio é pecado, eu passei a guardar tudo pra mim. Minhas dores, minhas lágrimas, meus problemas. Assim eu pelo menos tinha a impressão de estar me tornando invisível aos poucos. Pensava estar me matando lentamente de uma maneira mais sutil.

Não chamo isso de drama. Drama é se fazer de pobre-coitado para conseguir atenção. Chamo isso de intensidade: sentir tudo de um jeito mais forte, e guardar tudo para si mesmo. As vezes parece que eu gosto de ficar me remoendo. Curtindo minha dor. Autopiedade é a reação de orgulho ao sofrimento.

Percebi que eu sou orgulhosa. Sou tão orgulhosa a ponto de não admitir que sou orgulhosa.

Nesse ano eu chorei exatamente duas vezes. Foi acumulando, acumulando, acumulando; e eu me segurando, fingindo ser forte. Só o meu travesseiro sentiu o peso das minhas lágrimas o encharcando. Comigo é assim: só choro quando transborda. Choro tudo de uma vez, compulsivamente. E então me preparo para mais um período de seca. Costumo guardar as lágrimas para depois. Mas o depois nunca chega.

Dói.

Dói pensar que as pessoas consideram o seu problema "bobagem". Dói saber que você não faz nada certo. Dói perceber o quanto você é idiota, ridículo, falso, egoísta, mau-caráter, mentiroso, interesseiro, medíocre e hipócrita.

Talvez seja por isso que eu tenha me tornado tão dependente dos meus irmãos. Eles têm maturidade o suficiente para me aceitar sendo assim tão falha. Eles vivem a mesma pressão que eu, entendem o que é ser cobrado por ser exemplo.

Não sou digna de ser um exemplo. Nem tenho condições pra isso. Eu tento ser um exemplo. Tento ao máximo buscar a santidade, e até mesmo a perfeição. Mas o máximo que eu consigo é ser um lixo.

Desisto de mim mesma. Eu não tenho mais solução. Se eu pudesse eu me devolveria para a fábrica dizendo: tome. Veio com defeito. Não quero trocar, só quero meu dinheiro de volta.

(Pepper)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Finally see the light shine...


( Música para escutar enquanto lê..)

    Sempre que eu compro revista a primeira coisa que eu olho é meu signo. Pode parecer idiotice ver essas coisas, mas sei lá, quem sabe é verdade o que eles falam? E dessa vez meu signo estava certo. Ele falava que eu poderia me envolver com alguém bem próximo. Me envolver acho que não seria a expressão certa. Me apaixonar também não. Mas me aproximar e me alegrar com a situação, isso eu posso falar com toda certeza. Quando começamos a conversar nem era tão intima a nossa relação. Pra falar verdade não era nem um pouco intima porque a gente conversava apenas por msn e nada mais.
    As coisas foram mudando. Mensagens, horas conversando, telefonemas, elogios, assuntos mais divertidos, e uma intimidade que cresceu. Uma amizade que cresceu e com ela um carinho que não consigo explicar. Uma dependência de querer sempre estar com ele, conversando, rindo e parando de fazer tudo que eu tava fazendo pra responder as mensagens e me sentir amada. E o carinho que eu recebo com essa amizade é aquela junção de tudo que eu sentia falta. Ele realmente sabia como me deixar feliz.
      Mas e o medo de me apaixonar de novo? O medo de sofrer por causa disso, de viajar demais na nossa amizade e acabar enxergando coisas demais. Quem sabe ele não é tão fofo assim com todas as amigas dele? Pelo que eu conheço ele, ele é carinhoso, talvez seja da natureza dele. Mas e se ele for mais carinhoso comigo, do que o normal? Eu não sei mais o que pensar em relação a ele, e por mais que a gente converse sobre namoros e relacionamentos, minha visão não consegue mudar. E eu sei que se eu me iludir com isso eu vou acabar mal. Eu sou burra, idiota, retardada ou algo assim? Pelo que mostram meus testes, não sou.
     Mas quando eu estou conversando com ele, eu consigo enxergar as coisas de uma maneira totalmente diferente e melhor. Ele consegue tirar o meu melhor. Consegue me fazer perceber que existem pessoas que me amam da maneira que eu sou sem tirar nada e nem colocar. E que ele é uma dessas pessoas. E eu vejo, que ele é a luz que ilumina minha vida agora. Ele é a luz que fez tudo ficar mais claro.
      "Tudo é novo pois agora eu vejo, é você a luz..."

(Spicy)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Maybe two is better than one...


    Acordo, olho para a tela do meu celular e lá está ele, sorrindo pra mim. Sorrindo do seu jeito. Da maneira dele de não gostar de tirar foto. Mas está lá, ao meu lado, junto a mim. Levanto desejando parar de viver esse conto de fadas mais parecido com um pesadelo. A vontade de ter, a consciência que não vou ter mas a esperança, aquela faísca que insiste em continuar junto comigo por mais que eu não deseje isso mais pra mim.  Com o correr do dia são tantas coisas pra fazer que eu acabo me esquecendo um pouco da situação, mas é só parar um pouco pra lembrar de tudo e ficar triste. Entro no computador, vejo fotos, vejo a carta que foi escrita. Vejo emails, vejo depoimentos escritos e não mandados, vejo conversas no msn. E a saudade vem mais forte. 
    Saudade de uma coisa que não vai voltar. Solidão que só será preenchida por um outro amor ou nem por isso. O amor que é tão certo como que o sol vai nascer e se pôr a cada dia que se passa. A carência a cada dia que passa e você olha para os lados e vê que são poucas as pessoas que estão por você. Ou talvez nenhuma. Recorre a Deus, pois ele estará sempre ao seu lado mas percebe que com a sua tristeza você não consegue nem buscar a Deus. Fica decepcionada. Pensa em desistir da vida. Percebe que nem pra isso você é capaz. Se acha a pior pessoa do mundo por mais que as pessoas falem que você não é. Elas tentam tirar a tristeza do seu coração mas ninguém será capaz de fazer isso. Só ele. Promete a você a cada dia que passa que você não vai fazer nada em relação a isso, que não vai mais pensar nele, que não vai mais escrever cartas nem que seja só para você, que não vai mais escutar as músicas que te lembram ele. Mas mais um dia se passa e as suas promessas ficam para o dia anterior. 
    Você se sente sozinha, ninguém te entende, e a vontade de falar com alguém sobre qualquer coisa diminui. Você deixa de sair com as pessoas porque prefere ficar em casa sozinha. Você deixa de render conversa com suas amigas no telefone porque não quer mais ter que falar suas coisas com ninguém porque a unica pessoa que você queria conversar era ele, e ninguém mais. A solidão fica cada vez mais forte e você finge não se importar mas percebe que as pessoas também já não se importam com você. 
    Suas amigas param de te ligar e você já cansa de correr atrás das pessoas. Não quer incomodar com nada que está acontecendo e também não quer mais desabafar com ninguém. E a unica saída que você encontra é falar com você mesma, criar amigos imaginários e desabafar com eles. Só que todos eles tem o rosto e a personalidade dele. O que torna as coisas cada vez mais difíceis. E chega na hora de admitir. Você já não consegue mais viver sem ele, você não consegue superar o término de tudo. E percebe que talvez viver em dois é melhor que viver sozinho...


( Spicy )